
Eis que de repente surge na sua trajetória algo que você supunha jamais vivenciar… Como enfrentar o inesperado? Certamente que não é colocando as mãos em desespero na cabeça e deixando o barco correr à deriva.
É claro que precisamos de um tempo para assimilar os impactos que a vida nos traz. Aliás, ninguém há de querer que o enfrentamento do que fuja ao ocasional seja de bate pronto. O tempo de cada um é único e precisamos respeitar.
Qual o melhor caminho?
Voltamos a trazer a indagação que é o tema central deste post: Como enfrentar o inesperado? Mas, de qual imprevisto nos referimos aqui? Enfim, pela própria razão existencial da APOIE, falamos do nascimento de um filho diferente e que não cresce ou responde aos estímulos diários no mesmo tempo e da mesma forma que as outras crianças da sua faixa etária.
Diante da dúvida sobre a evolução “fora do padrão” da criança, a primeira ação não deve ser trocar what’s app com as amigas, parentes ou seja lá quem for [que não seja da área da saúde]. Consulte um médico! Essa é a única atitude correta e entenda que talvez necessite buscar vários profissionais até fechar uma identificação confiável.
E depois, o que fazer? Bem, diante do diagnóstico e passado o impacto da notícia, com a assimilação do que ela trouxe consigo [novamente lembrando que cada pessoa tem seu tempo para digerir os tufões que a vida oferece], daí é hora de arregaçar as mangas e partir pra luta.
É fácil? Evidente que não! No entanto, não existe outra atitude possível.
Daí começa uma nova trajetória e que pode ser mais leve se houver a aceitação da mudança de rumo que estava estabelecido até então. A rota da viagem definitivamente mudou…
Mas se a vida é recheada de imprevistos, a mala que cada um carrega é sempre proporcional a musculatura de quem a segura. Pelo menos essa é uma máxima que todo mundo diz!
Será?
Vale a reflexão, todavia, lembre-se de quantas pedras já tirou do caminho e que lhe pareciam com peso e tamanho difíceis de suplantar.
Compreender para melhor enfrentar
Sabe, tem uma frase genial do Guimarães Rosa que diz o seguinte:
“A gente só sabe bem aquilo que não entende.”
O que ele quis dizer, afinal? Que passamos ao largo de muita coisa nesta vida, mas o que nos surpreende, arrebata e merece entendimento porque interfere [e muito !] na nossa vida; ah… isso requer estudo, ou seja, um conhecimento mais profundo sobre o assunto.
Assim foi e continua sendo conosco. Como outras histórias semelhantes, a da APOIE teve início com o abarcar de uma circunstância que certa família sentia na própria pele. Fundada em 1979, temos como braço forte a força de uma mulher que tomou a causa para si e que capitanea o nosso barco com determinação. O inesperado lhe veio aos braços e junto com ele o desafio.
Compreender, estudar e seguir em frente com foco e determinação é a nossa receita de como enfrentar o inesperado. E olha que temos gente valente iniciando a viagem, como a Juliana Jafet que recebeu seu menino Martim e abraçou a causa do transtorno do espectro autista (TEA) e o Henri Zylbrstajn que fundou o Instituto Serendipidade [parceiro da APOIE] com o nascimento do seu filho Pepo.
Se procura um motivo para capitanear a sua própria embarcação com bravura e destemor, se aprofunda no que lhe causa mais incômodo e que aperta o seu sapato, que certamente encontrará a melhor resposta.
Ah, se deseja ver um tanto da nossa genial capacidade de superar o inesperado, basta dar uma voltinha pelo site!