A mulher e sua nada frágil condição

O Dia Internacional da Mulher passou e nós continuamos aqui. Mães atípicas ou não, diferentes, presentes e levando os dias sem a vida nos levar.

Muito já se falou sobre as mulheres e a tal ponto que talvez bem pouco possamos acrescentar, mas certas reflexões ainda nos motivam.

Se a condição de frágil lhe é imposta, a valentia no parto, trato e lida não pode e nem deve ser esquecida.

A força de uma mulher

São tantos os versos sobre a coisa mais linda e cheia de graça, que teríamos muitas aspas para abrir por aqui. Então escolhemos um trecho da música Mulher (Erasmo Carlos) para darmos início ao nosso papo.

“Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda!
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas”

Embora já tenhamos virado a página de tantos séculos na história, 2024 anos e poucos meses ainda não foram suficientes para combalir a falsa ideia sobre a fragilidade feminina.

É fato a desvantagem no quesito massa muscular, mas não só de músculos se ergue a personalidade de um ser que não se acovarda diante do improvável.

Aliás, podemos enxergar muito do que abordamos aqui ao abrirmos as portas da APOIE. Em nossos encontros, palestras ou reuniões temos muitos pais presentes, mas é na fibra e no olhar das mulheres que encontramos o retrato da resiliência, da força e da superação.

E pedindo permissão à Adélia Prado, Com licença poética continuamos por aqui,

“Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.”

Segurar com braços fortes o estandarte da diversidade, da inclusão e do pertencimento. Sustentar o grito pela inclusão social, pelos direitos e deveres de seus filhos atípicos.

O carnaval já passou, mas o estandarte continua em punho e nas mãos de porta-bandeiras atípicas que não podem deixá-lo cair. A bandeira não é leve e portanto necessita da força nada frágil dessas mulheres.

Mulheres guerreiras e resolutas, que atravessam mares bravios e elevadas montanhas por suas filhas, por seus filhos tão amados. Gente com histórias recheadas de quedas, bravuras e muita, muita coragem e superação.

E é justamente por isso que ao entrarem na APOIE elas encontram um remanso, um riacho, um fio de esperança…

E dizem que a mulher é o sexo frágil.