2021, o ano da volta, do recomeço e da vida quase… quase como ela é. Agora, pelo menos a possibilidade do olho no olho, do riso e da voz distante dos sinais elétricos que caminham como ondas de rádio. Tá certo que teve bastante turbulência e ondas gigantescas, mas não vamos reclamar; a urgência trouxe a competência à tona e mentes brilhantes nos salvaram do pior.
A gente não sabe muito bem se 2021 correu como uma lebre ou se em passos de tartaruga demorou a passar, embora ainda estejamos nele, parece que o tempo do tempo mudou.
O que importa mesmo é que, parodiando Guimarães Rosa, nas horinhas de descuido trabalhamos muito, tocamos o barco e seguimos em frente. Avançamos algumas milhas e certamente aprendemos bastante. Talvez ainda não dê para tirar uma carta de Capitão dos 7 mares, mas a de Arraes, ah… essa já tá no papo. Brincadeiras à parte, tanto a nossa gente, quanto a equipe se saíram muito bem.
O tempo não para
Na história “Alice no país das maravilhas”, um coelho corre porque está atrasado. Sempre aflito e com um relógio de bolso nas mãos, na verdade ele representa a passagem inevitável do tempo.
E como a gente corre atrás de um tempo que parece brincar de pega-pega, do susto de um 2020 que deu uma rasteira memorável em todo o mundo, 2021 devolveu pra gente a chance de voltarmos pra vida.
Somos os mesmos? Certamente que não e muito há que se fazer para arrumar a casa, alinhar as arestas e preencher lacunas. Mas o tempo não para e a gente também não, o que nos permite dizer que de alguma forma todos saímos vencedores.
Mas, será que é possível ganhar alguma coisa com todo esse pandemônio? Porque o tempo fechou e o planeta Terra tomou uma lufada de não fazer gosto!
Entre necessidades de toda ordem, já que a pandemia devastou corpos e mentes como nenhuma outra na história, embolsamos alguns pertences que não são visíveis. Assim como o tempo, o que ganhamos não dá para tocar com as mãos, apenas sentir.
Pode ser que esteja pensando que enlouquecemos, porque não pode haver ganhos em meio a esse drama que não teve nenhum toque de comédia. Mesmo não fazendo o jogo do contente, porque nem cabe isso neste momento, pensa com a gente uma coisa; quer queira quer não, no final das contas você ganhou um patrimônio de abstrações que ninguém pode capturar; nem o Capitão Gancho, muito menos os Piratas do Caribe.
Os ganhos de 2021
Lá vem a gente de novo com esse papo de lucro entre tantas perdas e danos, mas é que de fato vale a pena olharmos as quatro estrelas que, com bastante orgulho, temos no peito.
Pensa e reconhece se depois de tudo não somos pessoas bem diferentes daquelas do passado. Então, sem querer minimizar a fatalidade, já que vivemos uma saga difícil, onde nem a mais trágica peça grega conseguiria desbancar; será que a gente não pode ganhar nenhum prêmio disso tudo?
Olha, pode se preparar porque temos louros para você guardar no peito, afinal, ostentamos recursos tão valiosos, que nem o patrimônio do Bill Gates vale mais.
Falamos da conquista de 4 tesouros e se souber de mais algum, escreva aí nos comentários porque, certamente, acrescentaremos à nossa lista. E olha que não precisamos de nenhum professor para traçar um plano mirabolante e assaltar a Casa da Moeda Real da Espanha!
Sem sombra de dúvida, todos nós ganhamos Conhecimento, Força, Resiliência e Coragem, muita coragem para enfrentar o que der e vier daqui pra frente. Né, não?
“Porque o tempo, o tempo não para”
Cazuza já dizia.
Vamos então viver.
No meio de tantas incertezas e medo, podemos dizer que a ciência cumpriu e vem cumprindo o seu papel e a cada dia podemos confiar que esse vírus convivera conosco, mas nós faremos tudo para que ele seja só mais um.
Que venha 2022 e muitos outros para nos desafiar.
Agora estamos mais preparados e fortes.
Desejo a todos da Apoie que no próximo ano possamos estar mais juntos.
Abraços a todos
Lígia